Enxerto de Tecido Conjuntivo Livre

Enxerto de Tecido Conjuntivo Livre Método essencial para reabilitação gengival e proteção radicular

A técnica do enxerto de tecido conjuntivo livre é bastante conhecida e aplicada na periodontia para corrigir retrações gengivais, aumentar a gengiva queratinizada e cobrir raízes dentárias expostas. Esse procedimento visa restaurar a saúde e a estética da gengiva, protegendo as raízes dentárias e fortalecendo os tecidos moles orais.

A retração gengival, que ocorre quando a margem da gengiva se desloca para longe do colo do dente, expondo a raiz, é um problema comum que pode gerar diversos desconfortos, como sensibilidade ao frio, calor e estímulos químicos, além de aumentar o risco de cáries radiculares e comprometimento estético. Fatores como escovação inadequada, doenças periodontais, biotipo gengival fino, traumas mecânicos e hábitos parafuncionais estão entre as principais causas dessa condição.

Nos casos em que a gengiva é fina ou insuficiente para proteger a raiz, o enxerto de tecido conjuntivo livre é considerado a melhor solução. Essa técnica envolve a retirada de tecido conjuntivo da região palatina — céu da boca — que tem espessura e resistência adequadas para o transplante. O enxerto é transferido para a área da retração, promovendo o aumento da espessura e da largura da gengiva queratinizada.

Um planejamento minucioso é fundamental para o êxito do procedimento. O profissional realiza uma avaliação clínica minuciosa, medindo a profundidade da recessão gengival e avaliando o biotipo gengival do paciente. Exames radiográficos, como a radiografia periapical ou a tomografia computadorizada, auxiliam a verificar a condição óssea e identificar possíveis limitações anatômicas que possam interferir no procedimento.

A cirurgia inicia-se com a anestesia local, que proporciona conforto e segurança ao paciente. O cirurgião retira o tecido conjuntivo da região palatina. Esse tecido é cuidadosamente preparado para ser transplantado para o local receptor, que foi previamente preparado por meio de incisões e descolamento do retalho gengival para receber o enxerto.

O enxerto é fixado com suturas delicadas, assegurando sua estabilidade e integração ao tecido receptor. O retalho gengival é reposicionado para cobrir o enxerto, protegendo-o durante a cicatrização e promovendo a regeneração tecidual. A sutura precisa e a técnica cirúrgica cuidadosa são determinantes para o sucesso do procedimento e a obtenção de resultados estéticos naturais.

Essa técnica traz inúmeros benefícios clínicos. O aumento da gengiva queratinizada torna o tecido mais resistente a traumas e inflamações, protegendo a raiz e prevenindo o avanço da recessão. A cobertura da raiz exposta reduz significativamente a sensibilidade dentária, trazendo alívio para o paciente e melhorando sua qualidade de vida.

Além disso, esse procedimento traz uma melhora estética significativa, corrigindo recessões gengivais que muitas vezes geram desconforto social e emocional. A gengiva regenerada apresenta textura, cor e contorno natural, harmonizando o sorriso e devolvendo a confiança ao paciente.

O pós-operatório requer cuidados específicos para assegurar a cicatrização adequada e o sucesso do enxerto. É frequente a presença de desconforto, inchaço e sensibilidade na área tratada, sintomas que podem ser manejados com medicações indicadas pelo dentista. A higiene oral deve ser feita com atenção, evitando escovas duras e utilizando técnicas indicadas para não agredir a região cirúrgica. O uso de enxaguantes antimicrobianos é recomendado para ajudar no controle do biofilme bacteriano e evitar infecções.

O paciente deve seguir estritamente as recomendações clínicas, adotar uma dieta apropriada e evitar mastigar com a região operada durante o processo de cicatrização, que costuma durar entre duas e quatro semanas. Consultas regulares de acompanhamento são necessárias para avaliar a evolução da cicatrização e garantir a estabilidade do enxerto.

Essa técnica pode ser associada a outros procedimentos periodontais e ortodônticos para otimizar os resultados em situações clínicas mais desafiadoras. A definição do protocolo ideal considera a avaliação personalizada do paciente e os objetivos terapêuticos, seja a melhora estética, o alívio da sensibilidade ou a manutenção da saúde periodontal.

Além da indicação para tratamento de recessões gengivais, o enxerto de tecido conjuntivo também é utilizado para aumentar a largura de gengiva queratinizada ao redor de implantes dentários. A gengiva queratinizada em quantidade suficiente é essencial para a saúde ao redor dos implantes, auxiliando na sua estabilidade e evitando inflamações, como a peri-implantite.

Com o avanço das técnicas cirúrgicas, materiais e tecnologia, o enxerto de tecido conjuntivo livre tornou-se um procedimento previsível, seguro e com excelente resposta estética e funcional. Pacientes submetidos a essa cirurgia relatam melhora significativa na saúde bucal, conforto e autoestima, refletindo diretamente na qualidade de vida.

Resumindo, o enxerto de tecido conjuntivo livre é fundamental para tratar recessões e falta de gengiva queratinizada, protegendo a raiz, aliviando a sensibilidade e restaurando a estética. O sucesso do procedimento está diretamente ligado ao planejamento minucioso, execução técnica precisa e cuidados pós-operatórios adequados, que garantem resultados duradouros e naturais.

Tags:
enxerto livre gengival transplante tecido conjuntivo reparo tecido mole bucal técnica enxerto gengival recuperação volume gengival

Loading

Referência em odontologia em Sorocaba e região. Oferecemos tratamentos completos, desde Implantes Dentários e Lentes de Contato até Check-up preventivo para toda a família. Unimos tecnologia diagnóstica 3D, especialistas qualificados e um ambiente acolhedor no coração do Campolim para transformar seu sorriso com segurança e conforto.

CADASTRE-SE E PEÇA SEU ORÇAMENTO
© Copyright Centro Odontológico Sorocaba 2025. Todos os direitos reservados