Implante Zigomático
O implante zigomático é uma solução implantológica desenvolvida para pacientes que apresentam perda óssea severa na maxila e não possuem suporte suficiente para a instalação de implantes convencionais. Diferente dos implantes tradicionais, ancorados no osso maxilar, esse tipo de implante é instalado no osso zigomático, forte e firme, localizado na região malar. Essa característica evita procedimentos de enxerto ósseo na maioria dos pacientes, reduzindo o tempo clínico e tornando o tratamento mais rápido e seguro.
O sucesso desse procedimento exige uma etapa inicial de planejamento minucioso. O paciente recebe avaliação detalhada, considerando condições gerais, hábitos e objetivos estéticos e funcionais. Em seguida, realiza-se exame de TCFC para obtenção de imagens tridimensionais exatas. Essas imagens são essenciais para estudar o osso zigomático e identificar estruturas vitais próximas. Com base nesses dados, planeja-se a quantidade, o posicionamento e a estratégia cirúrgica.
A cirurgia de implante zigomático é mais complexa que a de implantes convencionais e requer alto nível de especialização do profissional. Muitas vezes é feita com sedação profunda ou anestesia geral, visando tranquilidade e segurança. Os implantes, que variam entre 30 e 55 mm de comprimento, atravessam a maxila para se fixarem firmemente no osso zigomático. Dependendo do caso, opta-se por zigomáticos isolados ou em conjunto com implantes comuns na região anterior. Essa combinação é comum em protocolos como All-on-4 ou All-on-6 na versão zigomática, permitindo a instalação de uma prótese total fixa.
Uma das grandes vantagens dessa técnica é a possibilidade de carga imediata. Isso significa que, em muitos casos, o paciente pode receber uma prótese fixa provisória no mesmo dia da cirurgia, recuperando função mastigatória e estética quase instantaneamente. Esse fator tem grande impacto para usuários de dentaduras que buscam reabilitação fixa, acabando com pontos de atrito, mobilidade e restrições na alimentação.
O implante zigomático apresenta índices de sucesso superiores a 95% quando planejado e executado corretamente. Sua durabilidade pode durar tanto quanto implantes tradicionais com cuidados adequados e revisões periódicas. Entre as principais indicações incluem-se atrofia grave da maxila, insucesso em enxertos prévios, perdas ósseas por periodontite avançada, traumas, cirurgias oncológicas e reabsorções ósseas do envelhecimento. Além disso, é uma solução para pacientes que desejam reduzir o tempo total de tratamento, evitando os meses necessários para a regeneração óssea após enxertos.
O pós-operatório precisa de cuidados rigorosos para o êxito da terapia. Nos primeiros dias, a região operada costuma apresentar edema e sensibilidade, que melhoram com remédios e compressas geladas. A alimentação deve ser pastosa ou líquida nos primeiros dias, avançando gradualmente para alimentos mais consistentes conforme orientação do profissional. A higiene bucal precisa ser adaptada, garantindo limpeza eficaz ao redor dos implantes e da prótese provisória, sem causar trauma na região operada.
Consultas de acompanhamento devem ser regulares para controlar a saúde dos tecidos, conferir a estabilidade dos implantes e fazer higienização clínica. A peri-implantite, inflamação que pode comprometer o osso de suporte, é uma das complicações mais temidas, mas seu risco é significativamente reduzido com um protocolo de manutenção adequado, é uma das complicações mais temidas, mas seu risco é significativamente reduzido com um protocolo de manutenção adequado.
O avanço da tecnologia tem impulsionado melhorias nessa abordagem. O uso de planejamento digital 3D e cirurgia guiada por computador facilita a simulação prévia, aumenta a precisão do posicionamento e garante previsibilidade estética e funcional. Isso também torna o procedimento mais rápido e seguro.
Outra vantagem importante do implante zigomático é a possibilidade de reabilitar pacientes que antes eram considerados sem solução para próteses fixas devido à falta extrema de osso. Por evitar enxertos ósseos volumosos, essa técnica reduz o número de cirurgias, o tempo de tratamento e os custos associados. Além disso, proporciona resultados altamente previsíveis, devolvendo não apenas a função mastigatória, mas também a autoestima e a qualidade de vida.
Em termos estéticos, a prótese instalada sobre os implantes zigomáticos é projetada para imitar fielmente a anatomia dos dentes e gengiva, proporcionando um sorriso natural e harmonioso. A restauração também corrige o colapso facial decorrente da perda óssea severa, devolvendo suporte labial e rejuvenescendo a aparência do paciente.
Em resumo, o implante zigomático representa avanço importante na implantodontia para casos severos onde implantes comuns não são viáveis. Com um planejamento criterioso, execução técnica especializada e manutenção adequada, é possível obter resultados duradouros, funcionais e esteticamente superiores. Essa técnica é um marco na implantodontia moderna, dando aos pacientes a chance de recuperar saúde bucal e autoestima em casos complexos.