Cirurgia para Lesões Maxilares

Cirurgia para Lesões Maxilares Tratamentos avançados para manter função, aparência e integridade óssea

A cirurgia para lesões maxilares é uma área essencial dentro da cirurgia bucomaxilofacial, envolvendo o manejo de uma variedade significativa de patologias que acomete os ossos da mandíbula e maxila. Essas lesões podem variar desde inflamações, cistos e neoplasias benignas até tumores malignos e alterações congênitas ou adquiridas. O manejo dessas condições exige do cirurgião uma avaliação detalhada, um planejamento cirúrgico rigoroso e uma execução técnica meticulosa para garantir a erradicação da doença, preservar as funções essenciais e manter a estética facial, elementos fundamentais para o bem-estar do paciente.

O diagnóstico das lesões maxilares tem como ponto de partida uma anamnese detalhada, onde o profissional obtém dados sobre sinais, tempo de manifestação, antecedentes traumáticos, infecções anteriores, hábitos e fatores de risco que possam influenciar o desenvolvimento da lesão. O exame clínico é fundamental para detectar alterações visíveis ou palpáveis, como inchaço, desvio facial, fístulas, dores ou restrições funcionais, como problemas para mastigar e abrir a boca.

A complementação diagnóstica por meio de exames de imagem é essencial para a avaliação detalhada da lesão. Radiografias panorâmicas são amplamente utilizadas como exame inicial, permitindo a visualização geral das estruturas ósseas da face. Entretanto, para investigar mais profundamente a extensão, densidade e proximidade com estruturas vitais — como o nervo alveolar inferior, o seio maxilar, vasos e outros tecidos — a tomografia computadorizada, especialmente a tomografia de feixe cônico (TCFC), tem se destacado como exame de escolha. Em determinados casos, a ressonância magnética pode ser necessária para examinar tecidos moles vizinhos, caracterizar tecidos e estudar a vascularização.

A natureza da lesão maxilar define a abordagem cirúrgica a ser adotada. Em casos de cistos odontogênicos, como o queratocisto ou o cisto dentígero, a técnica cirúrgica mais comum é a enucleação completa, que consiste na remoção total do tecido cístico e sua cápsula para minimizar o risco de recidiva. Em alguns casos, associa-se a curetagem dos tecidos ósseos adjacentes ou o uso de agentes químicos, como o fenol, para eliminar eventuais células residuais. A abordagem deve ser cuidadosa para evitar danos às estruturas vizinhas e garantir um processo de cicatrização adequado.

Para tumores benignos, a ressecção cirúrgica é realizada com margens cirúrgicas livres, visando a remoção total da lesão. A extensão da cirurgia depende do porte e comportamento do tumor, podendo envolver desde remoções locais até ressecções segmentares da mandíbula ou maxila. Em muitas situações, a cirurgia é seguida por procedimentos reconstrutivos, com o uso de diferentes tipos de enxertos e biomateriais para recuperar a integridade óssea, função e aparência facial.

Lesões malignas da região maxilofacial requerem uma intervenção cirúrgica mais extensa e rigorosa. A ressecção ampla, muitas vezes acompanhada de linfadenectomia cervical para controle regional da doença, é frequentemente associada a tratamentos complementares como radioterapia e quimioterapia. A reconstrução imediata ou tardia é importante para preservar função e estética, facilitando a reabilitação. Técnicas avançadas de microcirurgia possibilitam a transferência de retalhos ósseos e musculares, garantindo resultados funcionais e cosméticos satisfatórios.

Infecções ósseas graves, como a osteomielite crônica, também podem precisar de cirurgias para remoção do tecido ósseo comprometido e controle da infecção. Nessas situações, o manejo clínico inclui tratamento com antibióticos sistêmicos, limpeza cirúrgica e suporte alimentar, compondo um protocolo abrangente.

O planejamento cirúrgico deve sempre ter como prioridade a conservação de estruturas importantes, incluindo o nervo alveolar inferior, que pode gerar parestesia se lesionado, e o seio maxilar, cuja perfuração pode provocar complicações . O uso de tecnologias digitais, como tomografia 3D, softwares virtuais de planejamento e guias personalizados, tem aprimorado a exatidão cirúrgica, diminuindo riscos e melhorando os desfechos.

No período pós-operatório, é fundamental controlar a dor, a inflamação, prevenir infecções e realizar acompanhamento clínico para boa recuperação. O suporte multidisciplinar, que pode incluir áreas como fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia, é indispensável para restaurar funções orais, qualidade de vida e reinserção social.

Além disso, o acompanhamento a longo prazo é essencial para identificar recidivas, complicações futuras e planejar tratamentos adicionais. A integração entre cirurgiões, oncologistas, radiologistas, patologistas e outros especialistas garante um cuidado completo e individualizado.

A cirurgia para lesões maxilares é um campo que requer atualização contínua, habilidade técnica e uma abordagem holística que prioriza função, estética e qualidade de vida, que vão além da remoção da lesão, incluindo conservação funcional, estética e qualidade de vida. O avanço das técnicas cirúrgicas e dos recursos tecnológicos tem propiciado terapias cirúrgicas mais seguras, efetivas e minimamente invasivas, otimizando resultados e qualidade de vida.

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